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Marco de Freitas

Inicio este texto a partir de lembranças sobre algumas fases de minha própria vida e desenvolvimento intelectual. Se é certo o termo. Quero dizer conhecimento, habilidades, valores.

Entre as pessoas que cruzam meu caminho no trabalho e nos estudos, a inclinação para criatividade e inovação é uma constante. Necessidade intrínseca para o desenvolvimento de projetos, para situações de ensino-aprendizagem. 

Criatividade: algo que se desenvolve

A verdade a respeito dessa coisa de ser uma pessoa criativa está relacionada ao estilo de vida e experiências de cada um de nós. Se a pessoa enfrenta obstáculos e desafios que a obrigam a exercer mudanças, será criativa. 

Lembro de fases de minha própria infância. Meu carrinho era uma caixa de pasta de dentes. Tinha janelas, tinha rodas, tinha motorista. Abria e fechava as portas. Tudo graças à necessidade de brincar, sem ter brinquedos prontos. Eu era muito feliz com isso. Longe de ter vergonha, era admirado pelos colegas.

Com essa mesma vontade e disponibilidade, inventava coisas para me divertir. Com pedaços de madeira, barbantes e gravetos que caiam das árvores, logo construía uma ponte, colocava postes à  sua volta e estendia seus fios elétricos.

Com pedras, batia a terra no buraco cavado abaixo da ponte, algumas folhas de limoeiro e água de torneira. Pronto, tínhamos ali uma lagoa, cuja ponte passava acima.

Se minha infância fosse abastada, talvez o potencial criativo se tornaria pobre. Mas, o fato é que aqui se defende a hipótese de que a criatividade tem como gatilho a necessidade. Toda pessoa é criativa, mas de acordo com o grau do que a impulsiona para isso.

Design como ferramenta criativa

Ao falar sobre a criatividade, cabe aqui remeter à principal ferramenta que transforma ideias, ou seja, que permite caminhar do abstrato e subjetivo ao tangível, visível e imaginável aos olhos e mente de quem assiste. Portanto, exercer a tarefa de design é fundamental para essa transformação. Colocar ideias no papel, reconhecer e organizar etapas e processos são só algumas habilidades que a pessoa criativa tem que ter.

Ao citar o design como ferramenta criativa, temos que observar que sempre há um conceito envolvido, que nos permite organizar e estruturar projetos e fazeres. Entre os conceitos e ferramentas mais utilizadas, tem uma que gosto muito: Design Thinking.

A proposta do Design Thinking é dar vida ao processo criativo de forma tão transparente, que mesmo pessoas leigas poderão entender cada ponto ou aspecto do projeto, por mais complexo que ele seja. Dessa forma, mesmo na falta de um especialista, é possível determinar as características de um produto, fase ou processo de forma generalizada, para designar rapidamente o todo, enquanto modelo ou protótipo.

A partir disso, é possível mensurar valores, quantificar recursos e processos e dar uma visão geral do projeto, produto ou serviço. 

Tudo isso é Design.

Inovação como pré-requisito para o sucesso

Boas ideias precisam de uma estrutura perfeita na metodologia de design. Porém, isso pode ser insuficiente por falta de inovação sobre aquilo que é proposto. 

Para ilustrar conceitualmente essa ideia, trouxe junto a este texto imagens de uma mobília de escritório. É um home-office pensado e desenvolvido para versatilidade. Ao avistar a mobília, qualquer um de nós pode pensar que é comum a qualquer outra proposta já existente no mercado. Porém, há detalhes de utilidade que só podem ser percebidos por quem a utilizar nas funções para as quais ela foi desenvolvida.

As imagens "falam" por si. O intuito é demonstrar que há inovação quando, a partir de uma necessidade específica, uma solução é proposta de forma diferente do costume, inusitada. Dar função a um objeto, distinta à qual ele foi desenvolvido é inovação. 

Finalizo com uma provocação: topa fazer um desafio de criatividade?


Marco de Freitas é Profissional de Marketing, Mídias Digitais e Tecnologias Aplicadas ao Design. Designer há 33 anos, acrescenta à sua carreira - desde 1993 - a atuação como Docente nessas mesmas áreas no Senac de São Paulo.